A Rússia disse que interromperá ataques assim que Ucrânia atender demandas exigidas, como mudar a constituição e ceder territórios.
Segundo o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, as condições para parar com a operação militar incluem:
Fim das ações militares da Ucrânia
Mudar a constituição em prol da neutralidade
Reconhecer a Crimeia como território russo
Reconhecer Donetsk e Luhansk como países independentes
"Estamos concluindo a desmilitarização da Ucrânia. Vamos terminar isso. Mas o mais importante é que a Ucrânia interrompa as ações militares. Se eles fizeram isso, ninguém mais irá atirar", disse Peskov.
12º dia
Nesta segunda (7), a ofensiva russa na Ucrânia chega ao seu décimo segundo dia. Os dois países em conflito podem voltar a discutir hoje.
No sábado (5), o negociador ucraniano David Arakhamia disse que as negociações aconteceriam nesta segunda, sem fornecer mais detalhes. Já os russos foram menos assertivos.
"A terceira rodada pode de fato acontecer nos próximos dias, é possível que seja na segunda-feira, dia 7", disse o negociador russo Leonid Slutsky, segundo a agência Interfax.
As delegações ucranianas e russas já tiveram duas rodadas de negociações desde o início da ofensiva, no dia 24 de fevereiro. No último encontro, os países concordaram com a criação de corredores humanitários para a retirada de civis, que não foi respeitada.
2 cessar-fogos frustrados
Após uma fracassada tentativa de formar um corredor humanitário no sábado, uma nova promessa de cessar-fogo para retirada de civis de Mariupol e Volnovakha foi frustrada pela continuidade dos ataques.
Refugiados chegam a 1,5 milhão
O número de pessoas que fugiram do conflito na Ucrânia superou neste domingo (6) a barreira de 1,5 milhão, o que constitui a crise de refugiados mais acelerada desde a Segunda Guerra Mundial, anunciou a ONU.