Você está em:

Segunda maior cidade do Reino Unido declara falência

Prefeitura avisou nesta quarta (6) que não é mais capaz de pagar as contas do município, de cerca de 2,2 milhões de pessoas
Picture of Amanda Omura

Amanda Omura

A cidade de Birmingham, a segunda maior do Reino Unido, declarou falência nesta quarta-feira (5). A prefeitura emitiu um aviso de que não consegue mais pagar as contas do município, comprometendo os serviços públicos de cerca de 2,2 milhões de pessoas.

A falência, inédita no país, é resultado de mais de uma década de políticas de austeridade por parte do governo central britânico, que pressionou os municípios e os levou aos limites financeiros. Uma série de erros logísticos da prefeitura também contribuiu para a situação.
Nesta manhã, a prefeitura avisou então ao governo central de um rombo no Orçamento deste ano de cerca de 87 milhões de libras (cerca de R$ 541,38 milhões de libras).

Ao avisar ao governo central que não consegue mais pagar as contas do município, a prefeitura disse que apenas fundos para proteção de pessoas vulneráveis ​​e de serviços essenciais estão liberados.
Com a falência da prefeitura, o governo central assume as contas, mas ativa medidas como:
Cortes nos serviços básicos e não básicos;
Aumento de impostos locais;
Venda de propriedades públicas;
Venda de outros avitos.

Origem da crise
Além do aperto nas contas públicas imposto pela dura política de austeridade que o governo britânico adotou após a crise financeira de 2008 na Europa, a prefeitura de Birmingham também enfrentou episódios locais que ajudaram a colapsar as contas:

Em um deles, o governo local contratou um sistema de Tecnologia da Informação para tratar dos dados internos. O valor inicial do serviço era de 19 milhões de libras (em torno a R$ 118 milhões). Mas a instalação acabou atrasando quase três anos. Nesse ínterim, a veio a guerra da Ucrânia, e a inflação disparou, empurrando o custo final do serviço para cerca de 100 milhões de libras (cerca de R$ 622 milhões).
Em outro caso, de 2010, uma decisão da Justiça deu razão a um grupo de 5.000 funcionárias mulheres que haviam apresentado uma ação conjunta alegando que ganhavam salários menores para exercer as mesmas funções que homens em serviços públicos. Houve casos de pagamento de bônus a funcionários e não a funcionárias. Para igualar o quadro, a prefeitura teve que desembolsar cerca de 1 bilhão de libras (cerca de R$ 6,22 bilhões).

Posts Relacionados

Acidente entre avião e helicóptero é o mais letal dos EUA

Acidente entre avião e helicóptero é o mais letal dos EUA

Um jato da American Airlines com 64 pessoas a bordo colidiu com um helicóptero militar enquanto se preparava para pousar

Argentina vai reforçar barreiras na fronteira com o Brasil

Argentina vai reforçar barreiras na fronteira com o Brasil

País havia já anunciado intenção de construir alambrado na fronteira com a Bolívia, citando preocupações com o contrabando

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Presença de micropartículas de poluição na capital tailandesa excede em sete vezes o máximo recomendado pela OMS

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Capítulo dedicado ao Brasil no relatório cita problemas como abuso policial e ataques à imprensa – e reconhece avanço em outras áreas

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Desde então, ele está afastado

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

O objetivo do elemento é retardar o avanço das chamas, que já provocaram mais de 20 mortes e destruíram centenas de casas

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Exército israelense afirma que alvo dos ataques em acampamento era um assessor do diretor de polícia do território

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Imigrantes que se casaram com americanos e tiveram filhos correm o risco de serem obrigados a deixarem o país durante o governo Trump

pt_BRPortuguese