As forças militares da Ucrânia disseram nesta segunda-feira (13) que os grupos de ajuda humanitária e auxílio a civis que atuam na região da cidade de Bakhmut não poderão mais entrar na cidade.
O exército ucraniano disse que a decisão foi tomada por causa do perigo dos combates de rua na cidade.
De acordo com o jornal “New York Times”, essa decisão sugere que os ucranianos têm planos para se retirar da cidade, apesar do exército insistir que mantém o controle de Bakhmut.
Cidade sob bombardeio
Bakhmut fica no leste da Ucrânia, na província de Donetsk.
Segundo autoridades locais, os russos estão fazendo uma nova ofensiva, dias antes do primeiro aniversário da guerra (a invasão começou no dia 24 de fevereiro de 2022).
Os oficiais militares ucranianos disseram que os defensores ucranianos, que já resistiram por meses, estavam preparados para novos ataques terrestres.
As posições em Bakhmut foram fortificadas e só pessoas com funções militares foram autorizadas a entrar.
A essa altura da guerra, Bakhmut é o principal objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, e sua captura daria à Rússia um novo ponto de domínio na região de Donetsk (e uma rara vitória após vários meses de contratempos).
As regiões de Donetsk e Luhansk compõem o Donbass, o coração industrial da Ucrânia, agora parcialmente ocupado pela Rússia, que quer o controle total.
O ataque russo a Bakhmut foi liderado por mercenários do grupo Wagner, que obtiveram ganhos pequenos, mas constantes. Os novos bombardeios russos tornaram a situação ainda mais aguda.
O ataque russo a Bakhmut tem sido liderado por um grupo de mercenários associados às forças russas, o Grupo Wagner. Eles obtiveram vitórias pequenas, mas constantes no confronto. Os novos bombardeios russos tornaram a situação ainda mais crítica para os ucranianos.