O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar nesta terça-feira (9) mais R$ 2 bilhões para a linha de crédito em dólares do setor agro. O valor se soma aos outros R$ 2 bilhões anunciados em abril de 2023.
O novo crédito bilionário será o mecanismo usado por Lula (PT) para conquistar o público ligado a Bolsonaro (PL). A necessidade de estreitar relações com o setor agro ficou nítida após a Agrishow, maior feira de agronegócios do Brasil, que ocorreu na última semana.
No primeiro dia de evento, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi desconvidado porque, nas palavras dele, os organizadores queriam constrangê-lo politicamente, ao adiar a sua participação para que ela acontecesse depois de Bolsonaro chegar ao local.
A ação do BNDES também atende a determinação do presidente Lula de aumentar o crédito para empresas.
Fontes disseram que a nova linha de crédito rural poderá ser paga em até dez anos, sendo os dois primeiros anos de carência, e com uma taxa real de 3% ano (considerando uma variação cambial de +7,5 ao ano).
Uma fonte disse ao blog que pretendia anunciar a ampliação do crédito rural na Agrishow, mas desistiu da ideia quando o ministro da Agricultura foi desconvidado para o evento.
Durante a feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançou uma linha de R$ 200 milhões em taxa Selic. Nas palavras da fonte, a saída de Tarcísio é 5% do crédito do BNDES e tem uma taxa bem maior.
Até abril, o produtor rural contava com três tipos de taxas para o financiamento do Crédito Rural: Selic; TLP (Taxa de longo prazo do BNDES); e Taxa Fixa do BNDES.
Em nota quando anunciou os primeiros bilhões, o BNDES disse: "com a criação de uma linha com taxa fixa em dólares, a expectativa é de potencial de crédito superior a R$ 2 bilhões por ano para operações que utilizem esse custo financeiro. A novidade deve contribuir para a ampliação da mecanização, renovação e atualização tecnológica da frota de tratores e colheitadeiras agrícolas, viabilizando maior produtividade no campo".
A ação do BNDES também atende a determinação do presidente Lula de aumentar o crédito para empresas.