O governo Lula resolveu pagar parte dos dividendos da Petrobras, tema que foi alvo de crise com o presidente da companhia, Jean Paul Prates.
Houve um acordo entre os ministro de Lula. Metade dos dividendos serão pagos, valor em torno de R$ 20 bilhões.
Do total, o governo terá acesso a R$ 6 bilhões, valor que ajuda na meta fiscal de déficit zero ainda neste ano. Os dividendos à União são vistos como "super importantes" por fontes.
O conselho da Petrobras levará essa posição para a assembleia, que é quem dá a última palavra. Haverá uma reunião do conselho nesta sexta-feira (5), mas o tema não está em pauta.
Em março, o não pagamento de dividendos extraordinários a acionistas fez com que a empresa tivesse queda de R$ 55,3 bilhões em seu valor de mercado.
Prates sofre processo de fritura na Petrobras e seu posto à frente da empresa está em xeque. Prates tenta uma conversa com Lula para arbitrar sobre a sua vaga na estatal.
Uma ala do governo defende que o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, assuma o cargo. Caso Mercadante saia do BNDES, o ex-ministro do Planejamento Nelson Barbosa está cotado para substituí-lo.
Lula já sondou Mercadante caso Jean Paul Prates deixe Petrobras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já sondou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, para assumir o lugar do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, caso ele venha a sair do posto.
Segundo auxiliares de Lula, Mercadante disse que tem bom relacionamento com Jean Paul Prates, não quer passar a imagem de que quer derrubá-lo, mas que, se for convocado, assumirá.
Por sinal, Mercadante procurou Prates recentemente para avisá-lo que não estava por trás de nenhuma operação para tirá-lo do cargo, mas que foi sondado para possivelmente substituí-lo.
As especulações sobre uma saída de Jean Paul voltaram a ganhar força depois de uma entrevista do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em que repetiu críticas ao presidente da Petrobras.