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Equipe de Lula quer frear indicações de Bolsonaro para Judiciário e postos no exterior

Segundo assessores, a intenção é evitar que indicações sirvam a um projeto político do grupo que vai deixar o governo
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Amanda Omura

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenta frear indicações que o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno, já enviou ou quer enviar para posições de alta hierarquia no Judiciário e para postos diplomáticos no exterior.
Segundo assessores de Lula, a intenção é evitar que essas indicações sirvam a um projeto político do grupo que vai deixar o governo.

Antes de deixar o cargo, em 31 de dezembro, Bolsonaro pode indicar, por exemplo, 16 desembargadores de tribunais regionais federais. Há, ainda, diplomatas com indicações a serem votadas no Senado. O grupo de Lula avalia que o ideal seria travar essas análises até a posse do presidente, em 1º de janeiro.

Algumas das indicações feitas para postos no exterior podem até ser liberadas, mas a ideia é que o futuro ministro das Relações Exteriores faça a análise individual dos indicados antes de manter os nomes. A equipe de transição ainda não indicou quem será o novo chefe do Itamaraty.

Em reta final de mandato, é comum que o presidente de saída aproveite essas indicações para premiar diplomatas que trabalharam com ele durante o governo.

Judiciário
No caso do Judiciário, a avaliação é que aliados do presidente Bolsonaro têm interesse direto nas indicações de desembargadores – seja por questões políticas, seja por processos em tramitação na Justiça.

Os nomes dos desembargadores de tribunais regionais não passam pelo crivo do Senado. Das 16 vagas para o TRF da 1ª Região, nove são por antiguidade, mas as outras não têm critério específico.
Nessas sete vagas, Bolsonaro pode escolher alguém alinhado a Nunes Marques – mas a equipe de Lula quer ter controle sobre essas nomeações.

Assessores de Lula também avaliam se o presidente eleito deve rever duas indicações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que já foram enviadas ao Senado, dos juristas Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues.
Azulay contou com o aval de vários ministros do STF, e Domingues, com o apoio de Nunes Marques. Ficou de fora o nome de Ney Bello, que era defendido pelo ministro Gilmar Mendes – mas não prosperou em razão de uma disputa antiga com Nunes Marques, indicado ao STF por Bolsonaro em 2020.

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