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Expectativa de ministros do STF é que Moraes seja ‘implacável’ com empresários golpistas

Planalto admite que presidente do TSE 'dificilmente deixará passar', e deve agir contra grupo que defendeu golpe militar
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Amanda Omura

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes vai ser "implacável" no caso dos empresários que se mostraram favoráveis a um golpe militar em caso de vitória de Lula em outubro.

Na quinta-feira (18), advogados e entidades de juristas apresentaram uma notícia-crime ao TSE contra os empresários Luciano Hang (dono da Havan), Afrânio Barreira Filho (do Grupo Coco Bambu), Ivan Wrobel (da construtora W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo (dono da marca de surfwear Mormaii).

De acordo com reportagem do site "Metrópoles", os quatro participam de um grupo de WhatsApp chamado "Empresários e Política", no qual integrantes defendiam ruptura institucional para evitar a volta do PT ao poder.

A expectativa no STF é que a decisão de Moraes não deixe que a decisão passe dos próximos dias.

Os ministros acreditam que Moraes vai frear a ação dos empresários antes das eleições para evitar que aconteça o mesmo que em 2019, quando o ministro identificou que empresários financiavam manifestações antidemocráticas, mas não os prendeu, apenas investigou.

Agora, a 40 dias das eleições, os ministros do STF esperam medidas duras não apenas por acreditarem que o grupo de empresários estava planejando um golpe, mas pela possibilidade de que eles estejam financiando grupos radicais — beneficiados por medidas do governo Bolsonaro que facilitaram o acesso a armas.

Apesar de a revelação dos planos dos empresários ter acontecido em um momento em que o presidente Bolsonaro diminuiu a intensidade dos ataques — sem fundamentos e sem provas — contra as urnas eletrônicas, os ministros acreditam que isso não fará com que Moraes não aja.

A senha foi dada pelo ministro Dias Toffoli — na sexta, em entrevista, ele afirmou que os empresários são "suicidas", porque sua postura causaria retaliação econômica de outros países e faria investidores deixarem o país.

O próprio Planalto admite que o ministro dificilmente deixará passar.

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