O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18) que pode tentar a reeleição nas eleições de 2026 "para evitar que trogloditas voltem a governar" o Brasil.
Em entrevista a Rádio CBN, o petista afirmou, contudo, que "há muita gente boa" para se candidatar no próximo pleito e que buscar a reeleição "não é a primeira hipótese".
"Não quero discutir reeleição em 2026 porque tenho apenas um ano e sete meses de mandato. Tem muita gente boa pra ser candidato, eu não preciso ser candidato", declarou.
"Presta atenção, se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que meu 80 anos virará em 40 e virarei candidato. Mas não é a primeira hipótese", completou o petista.
Na entrevista, Lula evitou falar o nome do antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que, se necessário, irá se candidatar nas próximas eleições, para impedir o retorno de um "fascista" ao poder.
"Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista, não vou permitir que esse país volte a ser governado por um negacionista como nós já tivemos", disse.
As declarações de Lula representam uma inflexão no discurso do petista. Quando foi candidato em 2022, ele dizia que não tentaria a reeleição caso derrotasse Bolsonaro.
PL do Aborto
O presidente afirmou que pautas de costume debatidas no Congresso Nacional "não têm nada a ver" com a realidade do país e que não deveriam estar no centro dos debates do país. Questionado se havia "subestimado" a capacidade da ala conservadora do Legislativo, Lula comentou a recente polêmica envolvendo a PL que pretende equiparar o aborto ao crime de homicídio.
"Acho que pautas de costume, não gosto muito de discutir, não têm nada a ver com a realidade que vivemos. Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos. É crime hediondo o cidadão estuprar menina e depois querer que ela tenha um filho. Um filho de monstro", afirmou Lula.
Para o petista, discussão sobre o tema deve ser "mais madura" e não feita de forma 'banal' como, na avaliação dele, ocorre atualmente.
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