O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (10) e pediu ajuda das pastas para criar uma agenda de viagens pelo país e entrega de obras públicas.
Lula afirmou que pretende intensificar essa agenda de viagens quando retornar da China – a visita oficial ao país está prevista para o fim deste mês.
"Eu quero viajar o Brasil para a gente voltar a inaugurar casa, escola, creche, estrada, universidade, escolas técnicas. Nós temos que colocar esse país em funcionamento", enumerou Lula, que comandou uma reunião com ministros das áreas econômica e de infraestrutura.
O presidente afirmou que deseja saber o "papel dos bancos públicos para alavancar o investimento" no país e cobrou o financiamento de pequenos e médios empreendedores, cooperativas, grandes empresários, estados e municípios.
"Não pode ser proibido emprestar dinheiro para você construir um ativo que vai aumentar o patrimônio deste país, que vai aumentar a qualidade de vida do povo. Sabe, não dá para a gente ficar achando que o gostoso neste país é guardar dinheiro. Não. Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, é dinheiro transformado em melhoria da qualidade de vida do povo, em saúde, educação e, sobretudo, emprego, que é o que dá dignidade ao povo brasileiro", disse.
O presidente afirmou ainda que o governo "não pode ficar chorando o dinheiro que falta" – e atribuiu aos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) a missão de "arrumar o dinheiro que nós precisamos para fazer investimento neste país".
Na última semana, Lula afirmou em outro evento que o desafio do governo era fazer a economia voltar a crescer. "A gente não pode aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer porque alguém disse que o PIB não vai crescer.
Nós vamos dizer que o PIB vai crescer porque nós vamos fazer o PIB crescer. Vamos dizer que o PIB vai crescer porque vamos gerar emprego. E vamos gerar emprego com as primeiras coisas", afirmou.
Desde a eleição do ano passado, Lula é pressionado pelo mercado a controlar o discurso de expansão de gastos e apresentar medidas de controle das despesas públicas.