O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propôs, durante pronunciamento nesta quarta-feira (16) na COP 27, no Egito, uma aliança global para combater a fome em todo o mundo. Ele também cobrou dos países ricos o cumprimento da promessa de recursos para enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas nos países mais pobres.
O presidente eleito desembarcou no Egito na última segunda-feira (14) para participar da COP 27. Ele foi convidado pelo presidente do país, Abdel Fatah al-Sissi.
No discurso, Lula:
Criticou gastos de trilhões de dólares em guerras, enquanto 900 milhões passam fome;
Cobrou países ricos pelo cumprimento dos acordos climáticos e o financiamento de ações ambientais dos países pobres;
Sem citar Bolsonaro, criticou o governo atual pela devastação do meio ambiente;
Pediu a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU e o fim do privilégio do veto de alguns países;
Prometeu esforços para zerar o desmatamento até 2030 e punir garimpo, mineração, extração de madeira e agropecuária indevida;
Anunciou a criação do Ministério dos Povos Originários;
Propôs uma Aliança Mundial pela Segurança Alimentar, pelo fim da fome e pela redução das desigualdades;
Ofereceu o Brasil como sede da COP 30, em 2025, em algum estado amazônico;
Afirmou que o agronegócio será aliado estratégico na busca por agricultura sustentável;
Propôs a Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica, com Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
"Este é um desafio que se impõe a nós brasileiros e aos demais países produtores de alimentos. Por isso, estamos propondo uma aliança mundial pela segurança alimentar, pelo fim da fome e pela redução das desigualdades, com total responsabilidade climática", disse Lula no discurso.
De acordo com o petista, "a luta contra o aquecimento global é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo".
Lula criticou gastos com guerras, enquanto milhões de pessoas passam fome no mundo. E fez apelo por uma união para enfrentamento da "tragédia climática".