O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá participar da reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), convocada "com urgência" para a próxima quinta-feira (30), para discutir temas como migração.
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos é um bloco criado no México, em 2010, que reúne 33 países, entre eles, o Brasil.
O encontro foi convocado no último domingo (26) pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, atual líder do organismo multilateral, em meio a polêmicas envolvendo a deportação de imigrantes ilegais pelos Estados Unidos.
No caso do Brasil, por exemplo, o Ministério das Relações Exteriores já informou que cobrará explicações do governo Donald Trump sobre o fato de 88 brasileiros terem sido deportados algemados.
A Celac tem como objetivo atuar para a integração latino-americana e caribenha, além da coordenação política, econômica e social dos países. Na pauta, entram temas como desarmamento nuclear, agricultura familiar, cultura, energia e meio ambiente, com a América Latina em busca de autonomia.
Requisitos mínimos de dignidade
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil quer que as deportações de brasileiros dos Estados Unidos atendam requisitos mínimos de dignidade. Ele descartou que sejam usados voos da Força Aérea Brasileira (FAB) para esse fim.
Vieira falou com a imprensa após uma reunião no Palácio do Planalto, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ministros, representantes da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal para tratar da deportação de cidadãos brasileiros pelos Estados Unidos.
"Acabamos de ter uma reunião de informação ao presidente da República sobre a situação do voo em que foram repatriados 88 brasileiros que estavam nos Estados Unidos. O objetivo da reunião, além de transmitir ao presidente o que aconteceu, o relato da situação, foi também de discutir formas de tratar o tema daqui para diante e de se discutir com as autoridades americanas que as deportações para eles, e repatriação para o Brasil, sejam feitas atendendo os requisitos mínimos de dignidade, respeito aos direitos humanos, a atenção necessária aos passageiros de uma viagem dessa extensão", afirmou o ministro.
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