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Lula veta projeto aprovado pelo Congresso que equiparava diabetes tipo 1 a deficiência

O governo destacou que o conceito de deficiência deve ser avaliado com base em critérios biopsicossociais
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Amanda Omura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar integralmente o projeto de lei que equipararia o diabetes tipo 1 aos direitos legais garantidos às pessoas com deficiência, previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (13) e foi tomada após consulta a diversos ministérios e órgãos, como Saúde, Direitos Humanos, Fazenda, e à Advocacia-Geral da União. O governo justificou o veto afirmando que o projeto contraria a Constituição e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. De acordo com essa convenção, a deficiência resulta da interação entre o indivíduo e barreiras sociais, e não exclusivamente de uma condição médica. Quais os argumentos adicionais apresentados pelo governo? A Presidência explicou que o projeto criaria despesas obrigatórias sem apresentar fontes de financiamento, o que infringiria o artigo 167 da Constituição. Além disso, não houve estimativa do impacto financeiro necessário para implementar o benefício, como exigido pela legislação fiscal e pela criação de serviços de seguridade social. O que o governo afirmou sobre a avaliação de deficiência? O governo destacou que o conceito de deficiência deve ser avaliado com base em critérios biopsicossociais, considerando a interação da pessoa com o meio. Na visão da Presidência, classificar o diabetes tipo 1 como deficiência sem essa abordagem contradiz a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Qual é a proporção de pessoas com diabetes tipo 1? Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes indicam que entre 5% e 10% das pessoas com diabetes no Brasil têm o tipo 1. Esse tipo da doença exige tratamento contínuo, com uso de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e exercícios físicos para manter os níveis de glicose sob controle. Como o Estatuto da Pessoa com Deficiência seria aplicado? Caso o projeto fosse sancionado, pessoas com diabetes tipo 1 passariam a ser avaliadas por equipes multiprofissionais seguindo critérios biopsicossociais, da mesma forma que ocorre para pessoas com deficiência no Brasil.

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