A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (6), uma operação para investigar fraudes no sistema de consórcios do Banco do Brasil. Os investigadores cumprem mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná.
Os alvos da operação são ex-gestores e funcionários do banco. Entre eles, o ex-presidente da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo. Segundo a PF, há suspeita de desvios de mais de R$ 100 milhões do sistema de consórcios. A PF pediu a prisão de Rabelo, mas não obteve autorização da Justiça.
Até a última atualização desta reportagem, não havia pronunciamento da defesa do ex-gestor. Já o Banco do Brasil disse que informou às autoridades policiais assim que as irregularidades foram identificadas na BB Consórcios e que continua contribuindo com as investigações.
"Em agosto de 2020, o Banco do Brasil destituiu os executivos da BB Consórcios investigados e nomeou novos gestores para facilitar a apuração completa dos fatos e dar continuidade à gestão da empresa", afirma o banco.
As apurações começaram depois de uma auditoria do banco, concluída em 2021. Os fiscais constataram a aprovação de duas operações de crédito disfarçadas como consórcio de veículos, mas utilizadas para outro fim. O próprio Banco do Brasil denunciou o suposto esquema à PF.
A corporação afirma que os suspeitos são investigados pelo crime de gestão fraudulenta, que tem pena de três a doze anos de prisão, além de multa.