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Presidente do Senado, Pacheco diz que juros a 13,75% inibem ações de governo

O patamar dos juros tem sido criticado pelo presidente Lula e integrantes do governo, por desacelerar a economia
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Amanda Omura

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (22) que a taxa de juros de 13,75%, ao ano inibe as ações do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que, segundo ele, possui um "apelo social forte" e tenta fazer a economia acelerar para "gerar emprego" e "combater a fome".

A taxa de juros do Brasil está atualmente em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio. O patamar dos juros tem sido criticado pelo presidente Lula e integrantes do governo, por desacelerar a economia e influenciar negativamente a geração de empregos.

“Em relação a taxa básica de juros a 13,75% ao ano, o que nós compreendemos que no momento atual que o Brasil vive, no novo governo, com apelo social forte, com enfrentamento a problemas sociais graves que nós temos no nosso país, com a necessidade premente de fazer a economia acelerar, gerar emprego para combater fome e miséria e exclusão, obviamente que a taxa a 13,75% ao ano é inibidora desse projeto de governo, do presidente eleito, e de sua equipe econômica”, afirmou Pacheco.

A declaração do presidente do Senado foi dada durante a sua participação no seminário sobre a autonomia do Banco Central, promovido pelo jornal "Folha de S.Paulo".

Na ocasião, Pacheco defendeu a autonomia do BC e afirmou que cabe a ele “fazer um apelo para que a nação brasileira e as suas instituições encontrem o caminho possível” para redução da taxa de juros.

“[O que nós temos que buscar] É de fato fazer um apelo para que a nação brasileira e as suas instituições encontrem o caminho possível, o mais rapidamente possível, para a redução da taxa de juros, de forma gradativa, sem movimentos bruscos, porque nós sabemos que a razão disso é a contenção da inflação”, afirmou o presidente do Senado.

Pacheco disse ainda que acredita que o Brasil possui hoje “todo o ambiente possível” para crescer, com exceção da taxa de juros.

“Nós temos todo o ambiente possível para aquilo que nós almejamos, o que tem sido interpretado como um entrave para nosso crescimento é a questão dos juros”, disse o presidente do Senado.

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