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Senador protocola pedido de abertura de CPI do MEC; criação ainda depende de Pacheco

A criação da comissão ganhou força depois que, na última semana, o ex-ministro da educação Milton Ribeiro foi preso
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Amanda Omura

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta terça-feira (28) o requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). Para que a comissão inicie os trabalhos, é necessário que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco(PSD-MG), faça a leitura do documento em plenário.

A criação da comissão ganhou força depois que, na última semana, o ex-ministro da educação Milton Ribeiro foi preso em uma operação da Polícia Federal que investiga possíveis irregularidades na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC. O ex-ministro foi solto no dia seguinte, mas as investigações continuam.
Para senadores oposicionistas, a criação da CPI será uma forma de investigar o caso de maneira independente de órgãos ligados ao governo.
O regimento do Senado prevê que o requerimento de abertura da Comissão precisa ser assinado por, no mínimo, 27 senadores – um terço dos 81 que compõem a Casa. Além disso, o documento deve indicar o fato a ser apurado, o número de integrantes, o prazo de duração e o limite de despesas para a realização das atividades.
O protocolo do requerimento do pedido de abertura da CPI do MEC foi feito cinco dias após Randolfe anunciar que obteve as assinaturas necessárias para a criação da Comissão. Ao todo, 29 senadores deram aval à CPI.

Para a comissão de inquérito ser considerada oficialmente criada, é necessário que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leia o requerimento em plenário, ato que representa uma etapa do rito legislativo para que o pedido possa ser publicado no "Diário Oficial do Senado".

Próximos passos
Em 2021, o requerimento de criação da CPI da Covid demorou mais de dois meses para ser lido por Pacheco. Foi necessária uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o colegiado avançasse.
Em declaração recente, o presidente do Senado afirmou que as prisões de Milton Ribeiro e dos pastores são um "fato relevante" para a criação da CPI, mas não determinam a instalação da comissão.
Técnicos do Senado ressaltam ter dúvidas se a CPI funcionaria ainda antes do recesso parlamentar, que tem início em 18 de julho. Isso porque depois da criação (que depende do ato de Pacheco), cabe às lideranças partidárias indicarem os membros – o que também não tem prazo para acontecer.

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