No inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro , a Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Polícia Federal querem mais agilidade para localizar dados em poder das redes sociais. Isso tem sido cobrado em reuniões com representantes das plataformas nas últimas quatro semanas, segundo fontes ligadas ao tribunal.
Bolsonaro é alvo de inquérito administrativo no TSE que apura ataques que ele fez, sem provas, contra o sistema eleitoral. A apuração tem foco na ofensiva do presidente sobre a Justiça Eleitoral antes e no próprio 7 de Setembro. Em atos em Brasília e São Paulo, ele ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF) e atacou ministros.
O TSE entende que ter acesso de forma rápida ao banco de dados das redes é uma solução definitiva para o problema das investigações.
Fontes ligadas ao tribunal explicam que, atualmente, as buscas por informações específicas nas redes não são rápidas nem efetivas.
As plataformas alegam que têm banco de dados amplos mas que, para buscar informações específicas, com recorte de nomes e outras informações, não conseguem fazer isso ou demoram tempo demais. O recorte de buscas rápidas é uma rotina que ainda não foi implementada ou funciona lentamente.
As reuniões em busca dessa solução são consideradas essenciais dentro do TSE para o inquérito que sobre Bolsonaro.
Com a investigação, o TSE vai verificar, entre outros pontos, se ficou configurada propaganda política antecipada no ataque de Bolsonaro às urnas. Outro foco é o uso de recursos públicos nas motociatas realizadas por Bolsonaro, que podem configurar atos antecipados de campanha eleitoral.