O Senado definiu nesta quinta-feira (2) os senadores que passam a integrar a chamada Mesa Diretora da Casa, que abrange as vice-presidências e as secretarias do Senado.
A definição um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter sido reeleito para comandar a Casa pelos próximos dois anos.
Apoiado pelos aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Pacheco recebeu 49 votos e derrotou o senador Rogério Marinho (PL-RN), apoiado pelos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A composição da Mesa Diretora envolveu, nas últimas semanas, uma série de negociações políticas entre Pacheco e partidos aliados, como PT, MDB e União Brasil. A articulação buscou garantir a vitória de Pacheco sobre Marinho, que vinha nos últimos dias conseguindo apoio de parlamentares que poderiam votar em Pacheco.
Foram definidos nesta quinta-feira:
Primeiro vice-presidente do Senado: Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
Segundo vice-presidente do Senado: Rodrigo Cunha (União Brasil-AL);
Primeiro secretário: Rogério Carvalho (PT-SE);
Segundo secretário: Weverton (PDT-MA);
Terceiro secretário: Chico Rodrigues (PSB-RR);
Quarto secretário: Styvenson Valentin (Podemos-RN).
Esses nomes são os chamados membros titulares da Mesa Diretora do Senado - os suplentes ainda serão definidos.
Comissões
A expectativa é que nos próximos dias também sejam definidos os presidentes das comissões temáticas do Senado.
Com a reeleição de Pacheco, a expectativa entre os senadores é que o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado de Pacheco, continue presidindo a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa porque analisa a constitucionalidade de todos os projetos discutidos no Senado.
Também cabe à CCJ, por exemplo, sabatinar o indicado pelo presidente da República para o cargo de procurador-geral da República.
Uma das comissões disputadas pelos senadores é a de Relações Exteriores. Isso porque, segundo aliados de Pacheco, a comissão pode passar a ser comandada pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB). Mas, nos bastidores, senadores do PT também avaliam que o partido pode indicar o presidente da comissão.