O atendimento a pessoas com transtornos mentais por uso de álcool e drogas aumentou 12,4% no SUS de 2020 para 2021, informou o Ministério da Saúde neste domingo (20). A data marca o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo.
Segundo a pasta, em 2021, foram feitos 400,3 mil atendimentos de pessoas com o problema; em 2020, haviam sido 356 mil registros.
Os casos por uso do álcool foram os mais comuns – responsáveis por 159,6 mil atendimentos em 2021, quase 40% do total.
Em seguida vieram os problemas causados por uso de cocaína (31,9 mil casos, cerca de 8% do total) e fumo (18,8 mil casos, menos de 5%).
Os opioides (como heroína, morfina, codeína e metadona), canabinoides, sedativos e hipnóticos, alucinógenos, solventes voláteis e estimulantes (incluindo a cafeína) também entraram no levantamento, mas tiveram menores quantidades de registros. O uso de múltiplas drogas e de outras substâncias psicoativas não listadas individualmente somaram 151,3 mil atendimentos.
Diminuição da procura
Segundo o Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, o número de atendimentos menor em 2020 pode estar relacionado à diminuição da procura pelos serviços de saúde em geral, por causa da pandemia da Covid-19, mas que mesmo assim a situação é preocupante.
“É importante lembrar que esses números não são suficientes para retratar o problema da dependência química no país, tendo em vista que estamos falando especificamente da quantidade de atendimentos e não do total de pessoas dependentes”, explicou o coordenador-geral do departamento, Rafael Bernardon.