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Câncer de pele: como identificar se pintas, manchas e outros sinais

Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pele, apresenta chances maiores de sucesso no tratamento
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Amanda Omura

A exposição excessiva aos raios UV (ultravioleta) - que chegam a nós diretamente pelos raios solares e podem danificar as células da pele - é a principal causa de câncer de pele, uma doença que atinge milhares de brasileiros todos os anos.

Saber como identificar possíveis sinais dos diferentes tipos de câncer de pele - e como se proteger da doença - é essencial em um país como o Brasil, onde o índice para os raios é de 11 - um nível considerado muito alto e que oferece maior risco para o câncer de pele.

Sintomas
O aparecimento do melanoma também está relacionado à exposição solar e o tumor tem potencial de metástase (quando células cancerígenas se espalham para outros órgãos). Isso se deve, explica Cavalli, às células cancerosas possuírem um potencial ilimitado de replicação, além de capacidade de invasão tecidual e evasão do sistema imune.

São geralmente os casos que se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo.

Um jeito de identificar se uma pinta ou mancha pode representar algum perigo é utilizar a escala do ABCDE:

A de assimetria (se dividir a pinta em quatro partes, elas não são iguais)
B de bordas irregulares
C de cores, que avalia a variação da coloração
D de diâmetro (a pinta é maior do que seis milímetros)
E de evolução (mudança no padrão de cor, crescimento, coceira e sangramento)

Os fatores de risco para câncer de pele
O principal fator de risco para o câncer de pele, tanto melanoma quanto não-melanoma, é a radiação ultravioleta.
Essa luz, explica Cavalli, causa um dano direto no DNA celular e induz ao estresse oxidativo, resultando em mutações gênicas que desencadeiam o câncer de pele.

"Além da radiação ultravioleta, a história familiar e a presença de múltiplas pintas também são fatores de risco. Pacientes transplantados apresentam maior risco de desenvolver câncer de pele, pois utilizam medicações que interferem na imunidade (imunossupressores)."

Como é feito o diagnóstico de câncer de pele
Feita pela própria pessoa em paralelo ao profissional de saúde, a observação regular das pintas do nosso corpo permite identificar novos sinais ou mudanças previamente não existentes.

A médica também destaca como opção o mapeamento corporal com dermatoscopia, uma técnica que avalia cada pinta individualmente com registro das imagens e permite o acompanhamento dos sinais para observar possíveis mudanças.

As opções de tratamento para o câncer de pele
Quando o câncer é descoberto em fase inicial, a indicação é que seja realizada a ressecção cirúrgica das lesões por especialista habilitado para que seja feita uma abordagem adequada nas margens ao redor do tumor, sem deixar partes que podem ser nocivas.

Em casos mais avançados e com metástase, especificamente de melanoma, a imunoterapia - um tratamento com medicação que ativa o sistema imunológico para que ele se torne capaz de combater as células malignas - tem provado ser uma alternativa com bons resultados para a qualidade de vida e bem estar dos pacientes.

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