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Os riscos da semaglutida, que ganha popularidade para perda de peso

A semaglutida funciona como um supressor do apetite, o que ajudaria a emagrecer. Mas será que ela é uma opção para todos?
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Amanda Omura

O empresário Elon Musk afirma que já usou semaglutida e, segundo alguns meios de comunicação dos Estados Unidos, começar esse tratamento se tornou "o segredo mais mal guardado de Hollywood".

Trata-se de uma injeção para perda de peso cuja popularidade cresce em várias partes do mundo e cujas doses até estão em falta em algumas farmácias.

A droga — vendida sob os nomes comerciais de Wegovy, Ozempic e Rybelsus — é usada para tratar diabetes tipo 2 e, mais recentemente, começou a ser aprovada em várias partes do mundo como uma nova opção para perder peso.

No Brasil, os medicamentos à base de semaglutida para perda de peso receberam o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro. No país, eles são considerados um tratamento auxiliar a outras medidas, como adotar dietas com menos calorias e fazer exercícios físicos com regularidade.

O fármaco, administrado como uma injeção sob a pele, faz com que a pessoa se sinta mais cheia e satisfeita, o que a leva a comer menos.

Autoridades de saúde, como a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, ou o National Institute for Excellence in Health and Care (NICE) no Reino Unido, indicam que o medicamento é seguro e eficaz para controle do excesso de peso crônico em adultos com obesidade que têm pelo menos um distúrbio associado, como hipertensão ou diabetes tipo 2.

Os riscos
A farmacêutica Novo Nordisk ressalta que a semaglutida só deve ser utilizada mediante prescrição médica.

Este tratamento apresenta efeitos colaterais e riscos. Os principais são náusea, dor de estômago, vômito e diarreia.

Outros eventos adversos listados pelo FDA são: dor de cabeça, fadiga, indigestão, tontura, inchaço, flatulência excessiva, gastroenterite e doença do refluxo gastroesofágico.

A agência americana também observa que os profissionais de saúde devem alertar os pacientes sobre o risco potencial de tumores da tireoide.

"Remédios como o Wegovy não devem ser usados em pacientes com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide ou em pacientes com uma doença rara chamada síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2", afirma o FDA.

Além disso, a rápida perda de peso também pode fazer com que a pele tenha uma queda na quantidade de substâncias como o colágeno e a elastina, levando ao que alguns profissionais chamam de "rosto de semaglutida" — que se assemelha a uma aparência abatida.

Mas, para quem enfrenta problemas para perder peso, ou quando os quilos extras levam a outras doenças, a semaglutida é uma alternativa positiva.

Segundo os especialistas, a semaglutida não deve ser encarada como um tratamento de estilo de vida, mas "com o objetivo de melhorar a saúde".

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