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Toda empresa terá que desenvolver uma estratégia voltada para a longevidade

Mercado sênior é estimado em US$ 22 trilhões: “as companhias sabem que esse grupo tem dinheiro, por que a indiferença?”
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Amanda Omura

Susan Golden é autora de “Stage (not age) – how to understand and serve people over 60”. O título faz uma brincadeira com as palavras stage (palco ou encenar) e age (envelhecer): em tradução livre, algo como “Realize, não envelheça – como entender e servir as pessoas acima dos 60”. O livro, lançado em junho, se debruça sobre um mercado global de 22 trilhões de dólares que não para de crescer. Somente nos Estados Unidos, estima-se que, a cada dia, dez mil apaguem 65 velinhas de aniversário. Professora da escola de negócios da Universidade Stanford, ela enxerga um mar de oportunidades:
“Temos que enterrar a ideia negativa do tsunami prateado, que remete a uma ameaça. As empresas deveriam estar empenhadas em identificar produtos e serviços para atender às necessidades desse público em expansão e com poder de compra. Desenvolver uma estratégia voltada para a longevidade se tornará indispensável para as companhias".
Susan enfatizou um aspecto que este blog já abordou inúmeras vezes: entre os 60 e 100 anos, há diferentes velhices que representam um mercado multifacetado. Quem ignora isso sofre de severa miopia. “As empresas sabem que esse grupo tem dinheiro, por que a indiferença? As pessoas querem e precisam de produtos para suas viver suas existências estendidas com plenitude, mas prevalece a visão do idoso como um ser frágil. São indivíduos que estão vivendo momentos vibrantes, e não de declínio. Eu vejo uma renascença”, avaliou. Lembrando que, nos EUA, os mais velhos detêm 40% da riqueza do país, acrescentou que a maioria dos setores se beneficiaria se focasse nesse público:

“Quando me perguntam o que as pessoas querem e consomem na segunda metade de suas vidas, a resposta é simples: basicamente o que consumiam antes. Mas há outras demandas que estão surgindo e uma delas é na área de educação, para desenvolver novas habilidades. O aprendizado contínuo é que vai garantir que os idosos continuem ativos e cultivem novos propósitos”.

No livro, cita marcas que incorporaram o contingente sênior em suas prioridades: “a Nike, por exemplo, reconheceu esse potencial e adotou o conceito ‘athletes forever’ (atletas para sempre). A Best Buy vem treinando suas equipes para atender o cliente idoso levando em conta sua intimidade com a tecnologia, ou se há algum problema de mobilidade. Trata-se de grupo fiel às marcas que souberem conquistá-lo. Vou além: chamem pessoas mais velhas para participar do design de produtos destinados a elas”.

Susan integrava um painel com dois empreendedores. Suelin Chen é fundadora da Joincake, plataforma com mais de 4 mil artigos e ferramentas voltados para questões relacionadas ao fim da vida. Ali é possível aprender a fazer seu testamento, encontrar textos e grupos de apoio para enfrentar diversos tipos de luto, planejar funerais e ter dicas que vão de livros a filmes a frases para lápides.

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