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Chuvas no RS: entenda as causas de uma das piores tragédias climáticas no estado

Meteorologistas explicam que catástrofe é resultado da atuação de pelo menos três fenômenos na região, agravados pelo clima
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Amanda Omura

O Rio Grande do Sul vive uma de suas piores tragédias climáticas. A chuva que persiste há pelo menos uma semana colocou o estado inteiro em situação de calamidade e deve continuar pelos próximos dias, causando mais estragos. O número de mortos já chega a 24 e dezenas de pessoas estão desaparecidas em meio às cheias.

Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima. E a tendência é de piora por conta da previsão de mais chuva.

A condição começou em 26 de abril, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao governo federal, emitiu um alerta de tempestades para o estado. Naquele dia, a previsão ainda era de chuvas em algumas regiões do estado. Mas o cenário foi se agravando ao longo dos dias.

Segundo os especialistas, a calamidade é efeito da soma de alguns fatores:
Havia um cavado, que é uma corrente intensa de vento, agindo sobre a região, o que fazia com que o tempo ficasse instável;
Isso se somou a um corredor de umidade vindo da Amazônia, que aumentou a força da chuva;

O cenário foi agravado por um bloqueio atmosférico, reflexo da onda de calor, que fez com que o centro do país ficasse seco e quente, deixando a chuva concentrada nos extremos.

"O cenário era instável na região há alguns dias, mas a soma desses fatores fez intensificar a chuva. O que acontece é que tivemos várias frentes frias que não conseguiram se dissipar para outras regiões por causa do bloqueio atmosférico e, com isso, elas passaram a agir sobre todo o Rio Grande do Sul." — Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.

E você pode se perguntar: o que as mudanças climáticas têm a ver com isso? O calor da Terra e dos oceanos impacta a atmosfera e faz com que os eventos climáticos aconteçam com mais força.

O que o meteorologista explica é que o Sul do país tem condições que favorecem tempestades nessa época do ano, mas o que seria um evento isolado se transforma em uma catástrofe.

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