A concessionária RIOGaleão anunciou que apresentou ao governo pedido de devolução da administração do aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, o Galeão.
Em comunicado divulgado na quinta-feira (10), a RIOGaleão, controlada pelo grupo Changi, afirmou que, desde 2014, investiu R$ 2,6 bilhões no Galeão e construiu um novo píer (extensão do Terminal 2), mas que a crise econômica reduziu o movimento de passageiros e a pandemia agravou a situação.
Com a devolução da concessão, o governo anunciou que fará uma nova licitação e o Galeão será leiloado juntamente com o Aeroporto Santos Dumont, no segundo semestre de 2023.
Até o final desse processo, a concessionária RIOgaleão permanecerá responsável pela operação do Galeão.
Quem controla o Galeão?
A RIOgaleão é controlada pela Changi Airport International (CAI), de Cingapura, que tem 51% da concessionária. Os 49% restantes são detidos pela Infraero.
Por que RIOGaleão decidiu devolver a concessão?
A RIOGaleão citou os impactos da crise da economia brasileira e da Covid-19 sobre o setor de aviação e fluxo de passageiros para justificar a decisão.
"O Brasil sofreu uma profunda recessão econômica de 2014 ao início de 2016, quando o PIB encolheu aproximadamente 3,5% a.a. em dois anos consecutivos. Além disso, a queda na demanda global por commodities provocou um fraco crescimento econômico do país durante a fase de pós-recessão, período em que o tráfego total de passageiros no país caiu cerca de 7%. Já em 2020, quando o setor aéreo mal havia se recuperado ao nível de 2013, a pandemia de Covid-19 provocou uma queda de 90% do número de voos no Brasil e enfraqueceu ainda mais as condições de operação do aeroporto", afirmou, em comunicado.