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Estudo diz não haver evidências de que policiais previna ataques em escolas

Depois de um ataque em São Paulo, o governador afirmou que estuda contratar policiais para atuar permanentemente no ambiente
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Amanda Omura

Depois de um estudante de 13 anos atacar cinco pessoas com uma faca numa escola pública estadual na capital paulista nesta segunda-feira (27), o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que estuda colocar policiais nas escolas de forma permanente.
"Já estamos estudando formas de viabilizar a contratação de policiais da reserva para que eles fiquem de forma permanente nas escolas e ajudem a tornar o ambiente mais seguro", publicou Freitas em uma rede social nesta segunda-feira (27).

Nos Estados Unidos, uma agência de pesquisa governamental analisou dezenas de revisões de pesquisas publicadas entre 2000 e 2020 sobre o policiamento escolar e concluiu que a presença de policiais não aumentou a segurança nas escolas e não preveniu ataques violentos.
Tiroteios
O relatório do Instituto Nacional de Justiça, a agência de pesquisa do Departamento de Justiça americano, publicado em fevereiro do ano passado, aponta que policiais baseados em escolas estavam presentes em alguns dos tiroteios com o maior número de vítimas, como os casos de Parkland e Santa Fe, ambos em 2018, com 17 e 10 mortos, respectivamente.

Também nesta segunda-feira (27), a mais de 7.800 km de São Paulo, uma mulher matou três crianças e três adultos em um ataque a tiros em uma escola privada de Nashville, no Tennessee. Já são 89 tiroteios neste ano no país, conforme o K-12 School Shooting Database, um projeto independente online.

O documento do Instituto Nacional de Justiça destaca que há apenas “relatos anedóticos” de policiais que impediram ataques planejados, coletados pela Fundação Nacional de Polícia.

“O desafio de usar histórias ou anedotas é que geralmente há um exemplo de cada categoria que qualquer lado em um debate pode usar para defender seu caso”, afirma o relatório.
Outra pesquisa, da Universidade de Albany, analisou escolas entre 2014 e 2018 e concluiu que policiais em escolas não previnem tiroteios em massa e outras ocorrências mais graves com o uso de arma de fogo.

Segurança
Por outro lado, o estudo da Universidade de Albany aponta que os policiais "protegem estudantes de um número importante de ataques físicos e brigas dentro das escolas -- um efeito que pode gerar uma variada gama de benefícios de longo prazo tanto acadêmicos quanto psicológicos".

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