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Sem distribuição da Caderneta da Criança, mães pagam até R$ 65 para imprimir documento

O material é essencial para as famílias e médicos acompanharem o desenvolvimento dos bebês e das crianças
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Amanda Omura

Há pelo menos 3 anos, o Ministério da Saúde parou de distribuir a Caderneta da Criança a estados e municípios. O material é essencial para as famílias e médicos acompanharem o desenvolvimento dos bebês e das crianças. Sem acesso, mães e pais tiveram que improvisar.

A unidade de saúde onde a filha da recepcionista Antiane Aleson é atendida no Recife só tinha a versão antiga. A mãe pagou R$ 65 reais para imprimir a nova.
“Eu busco todas as informações, porque mãe de primeira viagem precisa de tudo que é possível, mas principalmente também no desenvolvimento dela, no acompanhamento”, disse.

A Caderneta era produzida e distribuída aos municípios pelo Ministério da Saúde. Com ela, mães e pais podiam acompanhar o desenvolvimento e calendário de vacinação dos filhos. Além disso, havia informações que ajudam a cuidar melhor da saúde da criança até os 9 anos.

A família da professora Fernanda Piassá cresceu, a filha Laura chegou há três meses – agora são dois filhos. Na primeira gravidez, a mãe anotou todas as consultas e vacinas do filho na Caderneta de Saúde da Criança. E, para registrar o crescimento da caçula, procurou de novo o documento numa policlínica do Recife.
“Lá eles me informaram que há bastante tempo não recebem essa caderneta e que o ideal seria comprar já que tem tantas gráficas oferecendo esse serviço, que fica até mais bonito porque é personalizado”, afirmou Fernanda Piassá, professora.

A Caderneta de Saúde da Criança é um documento importante que municípios em vários estados estão sem receber. É o caso de outras capitais, como Belo Horizonte e Aracaju. Alguns estados e prefeituras passaram a confeccionar as próprias cadernetas para abastecer as unidades de saúde.
“A gente acha importante a Caderneta porque ela impede que ela deixe de receber alguma vacina, porque de cabeça, assim, é impossível manter um controle, é uma quantidade bem grande de vacinas que ela precisa no primeiro 1 ano, 2 anos dela”, contou o advogado Max Saniel Duarte Winter, pai da pequena Helena.

O Ministério da Saúde afirmou que retomou neste ano o processo para impressão e distribuição da Caderneta da Criança. A previsão é que o material seja enviado para todos os estados e Distrito Federal no primeiro semestre de 2024.

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