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Tuberculose e Aids podem ser eliminadas no Brasil, diz diretor do Ministério da Saúde

Segundo ele, é preciso oferecer e ampliar o acesso a novas tecnologias para prevenção e diagnóstico no SUS
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Amanda Omura

O médico Draurio Barreira assume a direção do Departamento de Vigilância de IST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde buscando diminuir ou até eliminar doenças transmissíveis que ainda representam uma grave ameaça à saúde pública, como a tuberculose e a Aids.

Para isso, segundo ele, é preciso oferecer e ampliar o acesso a novas tecnologias para prevenção e diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS), além da reabertura do diálogo com a sociedade.

“Eu acredito na possibilidade da eliminação dessas doenças, como a sífilis congênita, a tuberculose e até da Aids como problema de saúde pública", disse.

"No caso da Aids, é um pouco mais complexo, e aí a gente não pode desprezar a participação da sociedade civil nessa resposta nacional, que não inclui só o Ministério da Saúde, mas também outros setores do governo federal, as secretarias estaduais, municipais e o sistema privado", afirmou Barreira em entrevista.

Vale notar que:
Eliminar é diferente de erradicar;
Quando uma doença é eliminada, a taxa de infecção chega a quase zero ou zero. Ainda requer vigilância, mas não é considerado mais um problema de saúde pública;
Quando uma doença é erradicada, significa a ausência total da possibilidade de transmissão, como é o caso da poliomielite no Brasil, freada por conta da vacinação.
A meta global aprovada pelos estados-membros da ONU e liderada pelo UNAIDS para a eliminação da Aids como ameaça à saúde pública é até 2030.

Perfil do novo diretor
Servidor do Ministério da Saúde desde 1995, Barreira foi nomeado diretor do órgão na semana passada. O médico trabalha com os temas ligados ao HIV/Aids e tuberculose há pelo menos 30 anos. Até então, era gerente da tuberculose na Unitaid, agência global ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça.

Aceitou o desafio de retornar ao Brasil e chefiar um departamento que sofreu um desmonte na gestão de Jair Bolsonaro (PL), principalmente na questão financeira - no último ano, o corte foi de 60%.

Segundo Barreira, o orçamento atual da Saúde não é suficiente para os planos de eliminação dessas e de outras doenças. Mas há promessa de recomposição dos valores.

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