A economia brasileira gerou 157,19 mil empregos com carteira assinada em junho deste ano, informou nesta quinta-feira (27) o Ministério do Trabalho e Emprego.
A informação consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em junho:
1,914 milhão de contratações;
1,756 milhão de demissões.
O resultado representa queda em relação a junho do ano passado, quando foram criados 285 mil empregos formais. O recuo foi de 45% nesta comparação.
Em junho de 2020, em meio à pandemia da Covid, foram fechados 53,59 mil postos de trabalho e, no mesmo mês de 2021, foram abertas 317,87 mil vagas formais.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo anterior mudou a metodologia.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a criticar a atuação do Banco Central na definição da taxa básica de juros da economia, atualmente em 13,75% ao ano. Segundo ele, se não fosse a “inadequação esquizofrênica” dos juros no Brasil, a economia brasileira poderia ter gerado mais empregos em maio, junho e, também, no primeiro semestre deste ano.
“A indústria está preparada para crescer, a economia está preparada para voar. Há um impedimento, que é o custo do dinheiro para capital de giro. O que motivaria alguém que está hoje investindo em títulos públicos para migrar para investimentos se lá na ponta está sendo dificultado o crescimento do crescimento para valer do consumo”, questionou o ministro Marinho.
Parcial do ano
De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,02 milhão de vagas formais de emprego foram criadas no país nos seis primeiros meses deste ano.
O número representa recuo de 26,3% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram criadas 1,38 milhão de empregos com carteira assinada.
Ao final de junho de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 43,46 milhões de empregos com carteira assinada.
O resultado representa aumento na comparação com maio deste ano (43,31 milhões) e com junho de 2022 (41,81 milhões).
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.015,04 em junho deste ano, o que representa uma alta real (descontada a inflação) em relação a abril desse ano (R$ 2.002,57).
Na comparação com junho de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.980,44.