O empresário de Votuporanga (SP) Kingo Takahashi, um dos bolsonaristas radicais presos pelos ataques terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes, contou em depoimento à polícia que teve as despesas pagas para participar dos atos antidemocráticos.
De acordo com a apuração do g1, Kingo relatou que parte do grupo que estava no Quartel-General do Exército realizou uma vaquinha para custear a viagem e o hotel de quem quisesse ir a Brasília (DF).
Durante depoimento à polícia, o bolsonarista radical também disse que "trouxe R$ 150" para ficar no Distrito Federal, bem como afirmou que não sabia os nomes ou as características dos organizadores do QG.
Fotos e vídeos
Em vídeos publicados nas redes sociais, Kingo aparece perto da rampa do Congresso Nacional, acompanhado de outros terroristas que participaram dos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro.
"Vamos derrubar os bandidos. Vamos acabar com esses vagabundos. Isso é melhor que show de rock”, disse o empresário durante a gravação.
Já em uma fotografia, o empresário está deitado em uma poltrona vermelha, com os pés apoiados em um móvel.
Kingo foi preso em flagrante por “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. Ele foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Presos por invasão
A lista com o nome dos bolsonaristas radicais que depredaram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foi divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
Durante a invasão, os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, entraram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.
O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.
Até o fim da manhã de quinta-feira (12), 1,2 mil pessoas haviam sido presas.