Israel anunciou, nesta quinta-feira (26), que obteve um novo pacote de ajuda militar dos Estados Unidos, no valor de US$ 8,7 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 47,3 bilhões, "em apoio ao esforço militar" do país em plena escalada da guerra contra o Hezbollah libanês e na guerra em Gaza.
De acordo com comunicado do Ministério da Defesa israelense, US$ 3,5 bilhões - R$ 19 bilhões - são para a compra de material militar e US$ 5,2 bilhões - R$ 28,2 bilhões - para sistemas de defesa antiaérea e um "sistema laser de última geração".
Mais cedo, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU em Nova York, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu à comunidade internacional que pare de enviar armas a Israel e impeça o derramamento de sangue na Cisjordânia e em Gaza, enfatizando o papel dos Estados Unidos.
Abbas afirmou que Washington continua fornecendo apoio diplomático e armas a Israel para a guerra em Gaza apesar do crescente número de mortos, que segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas chega a 41.534.
"Parem esse crime. Parem de matar crianças e mulheres. Parem com o genocídio. Parem de enviar armas a Israel. Esta loucura não pode continuar. O mundo inteiro é responsável pelo que está acontecendo com o nosso povo em Gaza e na Cisjordânia"", afirmou.
Sem cessar-fogo
Autoridades do governo de Israel também anunciaram nesta quinta-feira (26) que rejeitaram a proposta de cessar-fogo com o Hezbollah feita por Estados Unidos e França.
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que não haverá um cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah.
"Não haverá cessar-fogo no norte [de Israel]. Nós vamos continuar lutando contra a organização terrorista Hezbollah com toda a nossa força até a vitória e o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas", escreveu Katz na rede social X.
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não havia respondido à proposta das potências ocidentais. Ao chegar aos EUA, onde vai discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, ele reafirmou que Israel continuará a atacar o Hezbollah em território libanês com "força total" até que os residentes no norte do país possam regressar às suas casas em segurança.
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