Mais de 35 mil palestinos já foram mortos pela ofensiva militar de Israel em Gaza, informou o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.
De acordo com o Hamas, já são 35.091 mortos e 78.827 feridos desde outubro, quando Israel declarou guerra ao grupo.
O número foi alcançado em meio a uma série de operações das Forças de Defesa de Israel em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em meio a uma intensa condenação internacional.
Para justificar a invasão na cidade, Israel afirma que Rafah é o último bastião do Hamas na Faixa de Gaza e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.
A cidade havia se tornado o último refúgio para palestinos deslocados de outras cidades que haviam sido alvo de bombardeios e operações terrestres israelenses em Gaza.
Cerca de 300 mil palestinos já fugiram de Rafah até a madrugada deste domingo (12), estima a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).
Os palestinos fogem da cidade após as Forças de Defesa de Israel terem ordenado na última segunda (6) a evacuação de refugiados no leste da cidade para iniciar uma incursão terrestre em busca de eliminar o Hamas.
A ONU considera que esses palestinos estão sendo submetidos a um deslocamento forçado e é contra essa prática. A entidade bilateral e a comunidade internacional criticam a incursão israelense na cidade por conta das possíveis implicações humanitárias aos refugiados na região. Um relatório do Departamento de Estado dos EUA diz que Israel pode ter violado lei humanitária internacional em Gaza.
Oposição dos EUA
Os Estados Unidos, maior aliado de Israel, são contra uma operação em larga escala do exército israelense em Rafah porque não houve um plano humanitário adequado para a população que se refugiou na cidade durante a guerra, segundo o porta-voz da Secretaria de Estado, Matthew Miller.
Como represália à entrada em Rafah, os EUA interromperam o envio de bombas para Israel na semana passada. Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse acreditar que a operação israelense na cidade é "limitada".