Jornalistas de agência da ONU para refugiados são detidos em Cabul

Jornalistas de agência da ONU para refugiados são detidos em Cabul

  • Redação
  • 11 de fevereiro de 2022
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Dois jornalistas do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) foram detidos em Cabul, informou a agência da ONU em um comunicado na sexta-feira (11).

Os profissionais acompanhavam os trabalhos do Acnur no Afeganistão e teriam sido levados por talibãs com vários outros trabalhadores afegãos. Não há informações sobre os motivos das prisões.
“Estamos fazendo o máximo para resolver a situação”, disse o Acnur. “Não faremos mais comentários, dada a natureza da situação.”

A agência de segurança e inteligência do regime talibã, a Diretoria Nacional de Segurança (NDS), disse que não tinha informações sobre o assunto.
“Não temos informações sobre eles, quando e onde desapareceram, ainda não obtivemos nenhuma informação; estamos tentando encontrar informações”, disse o porta-voz do NDS, Khalil Hamraz.
As Nações Unidas empregam jornalistas para reportarem seu trabalho em todo o mundo.

Desaparecimentos e repressão
No fim de janeiro, dois jornalistas afegãos que trabalhavam para uma emissora de televisão local desapareceram após serem detidos por talibãs.

Waris Hasrat e Aslam Hijab, dois repórteres da Ariana TV, foram detidos pelo grupo e “levados para um local secreto”, anunciou a Associação de Imprensa Afegã, criada recentemente.

No ano passado, outros dois jornalistas afegãos foram espancados pelo Talibã após serem detidos quando cobriam um protesto pacífico de mulheres na capital Cabul.

E em agosto, pouco após tomar o poder, talibãs mataram a tiros o parente de um jornalista que trabalhava para a Deutsche Welle (DW) no Afeganistão e era procurado pelos militantes.

Um outro familiar do jornalista ficou gravemente ferido e vários conseguiram fugir, segundo a DW, que não informou a nacionalidade das vítimas e não relevou a identidade do profissional.
Ele atualmente mora e trabalha na Alemanha, sede da emissora.

Prisões de dissidentes
Desde que chegaram ao poder em agosto passado, o grupo nacionalista religioso reprimiu vozes dissidentes, prendendo seus opositores e dispersando as manifestações contra seu regime.

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